“As Forças”: a odisseia alucinatória e fantástica de Laura Vázquez

Crítica A autora de "Semana Perpétua" relata o surgimento de uma voz e afirma a sua mais do que nunca. ★★★★☆
Laura Vázquez. ELISE BLOTIÈRE/EDIÇÃO PORÃO
Encontrar o próprio lugar e encontrar a si mesmo. Este é o desafio central de qualquer romance sobre amadurecimento. A literatura contemporânea tende a tratar essa busca de forma sociológica, quase naturalista. Não a poetisa e escritora Laura Vázquez. Com ela, a aventura de ser si mesmo se transforma em uma Odisseia alucinatória e fantástica, inebriante e política. Sua heroína navega pelas águas estagnadas de uma sociedade cujos códigos ela rejeita instintivamente, com a impressão de estar "viva em um mundo de mortos".
Um mundo que ela observa de longe, como uma antropóloga clarividente e desiludida, chocada com a futilidade da linguagem. No entanto, ela tentou se conformar com o que era esperado dela. Em vão: "[...] mesmo me curvando, por natureza, eu era perturbadora." Ela ama as mulheres, como dizem. E a filha delas...

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